quinta-feira, outubro 19, 2006

Lonely-Made's proletárias!











Eis Marx e a minha caixa de ferramentas...
Aqui, esta caixa, ao contrário das tradicionais caixas de ferramentas utilizadas pelos operários, é minha e encerra em si os meios de produção. Significa isto uma contradição?
Se por um lado me aproximo do protótipo de operário, que vende a força de trabalho (segundo a definição marxista), por outro lado aproximo-me do protótipo de capitalista, que detém os meios de produção e com isso explora o operário, apropriando-se da mais-valia que este produz com a sua força de trabalho.
Felizmente, para a minha consciência, assim não acontece e apesar de a mais-valia que produzo (vertente operária) reverter para mim (vertente capitalista), esta correlação de forças, na produção das Lonely-Made, anula-se à nascença.
De qualquer das formas e porque isto foi um pretexto para relembrar que no mundo continuam a existir exploradores e explorados, dedico este post a todos os explorados (que também o sou em outro lugar), assalariados e operários da História (os que utilizavam as caixas de ferramentas e os que actualmente, não as utilizando, continuam a encaixar na mesma definição).